Cientistas descobrem molécula responsável pela ressaca

08-06-2011 01:42


Dores de cabeça, náuseas, muita sede e sensibilidade ao barulho e à luz costumam ser alguns dos sintomas depois de uma noite bem bebida.
Um grupo de neurocientistas da Universidade de Southampton acaba de descobrir a molécula responsável pela ressaca
.

 
Num artigo, publicado na PLoS One, os investigadores explicam que se trata de um neuropéptido, um ‘marcador’ do cérebro que ao activar-se é o responsável pela mescla de sensações e sintomas desagradáveis sofridos no dia seguinte à ingestão de uma quantidade significativa de álcool.


Os investigadores britânicos usaram o cérebro de um verme para o comparar ao nosso. Tudo porque a estrutura mais simples do Caenorhabditis elegans tem a particularidade de reagir de uma forma idêntica à do ser humano às intoxicações ou dependências do álcool.


 

 

A equipa, liderada por Lindy Holden-Dye, descobriu que, tal como o verme, o cérebro do ser humano quando exposto ao álcool durante um período prolongado de tempo, habitua-se a um certo grau de intoxicação.

Quando o consumo de álcool é interrompido, começa a ansiedade a debilidade, a agitação e até espasmos, um rodopio de sintomas que são característicos das ressacas na sua forma mais grave.

Holden-Dye explica que “a investigação mostra que os vermes sentem os efeitos do corte de álcool e isto permite-nos definir a forma em que este afecta os circuitos nervosos responsáveis pela alteração de comportamento”. Durante a fase de interrupção, os cientistas davam aos vermes pequenas quantidades de álcool e os seus sintomas suavizam de imediato.

Os autores do estudo foram capazes, pela primeira vez, de identificar exactamente de onde e como o consumo de bebidas alcoólicas afecta o sistema nervoso, o que “abre novas portas para o tratamento do alcoolismo”, refere Holden-Dye que acrescenta: “O nosso estudo proporciona um sistema experimental efectivo para atacar este problema”.



Reflexão:
Quando o neuropéptido se activa, há um conjunto de sintomas e sensações desagradáveis, a chamada ressaca. Com a descoberta desta molécula será possível tratar o alcoolismo de um a forma mais eficaz, assim o Homem terá a capacidade de desenvolver técnicas e medicamentos de combate a esta dependência da sociedade. A investigação também pode ter um efeito inverso, isto é abrir as portas ao fabrico de novas armas químicas que minimizem ou eliminem por completo os efeitos posteriores ao consumo de álcool, podendo conduzir ao aumneto do consumo de alcóol.

 Fontes:



https://www.cienciahoje.pt/index.php?oid=42499&op=all#cont

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