Onda directa: É a onda inicial, com origem no foco sísmico e que não interage com nenhuma superfície de descontinuidade, não sofrendo reflexões nem refracções.
Onda reflectida: É uma nova onda que se propaga, a partir de uma superfície de descontinuidade em sentido contrário e no mesmo meio em que a onda inicial se estava a propagar.
Onda refractada: É a onda transmitida, por uma superfície de descontinuidade, para o segundo meio.
Astenosfera
- Entre os 100 e os 350km de profundidade:
- Zona de diminuição da velocidade de propagação das ondas P e S.
- Zona de menor rigidez das rochas em relação às que se encontram acime e abaixo dela.
Litosfera: Constituída pelas rochas rígidas da crusta e de parte do manto superior, situadas sobre a astenosfera.
Manto superior e manto inferior
- A 660 km de profundidade;
- Verificação de um aumento ligeiro da velocidade de propagação das ondas P e S;
- Maior rigidez dos materiais;
- Sustenta uma divisão entre o manto superior e o manto inferior.
Zona de sombra sísmica
Tem por referência o epicentro do sismo;
Não são captadas ondas sísmicas directas, isto é, que não tenham sofrido reflexões nem refracções;
A distância angular desta faixa ao epicentro é constante e está compreendida entre os 103º e os 142º.
Modelos do interior da geosfera
Foram elaborados devido ao conhecimento acerca :
- Dos meios de propagação das ondas sísmicas;
- Analise de sismogramas registados em diferentes estações sismográficas.
- Variação brusca na velocidade das ondas sísmicas que atingiam determinadas profundidades, permitiram detectar profundidades no interior da Terra que separam materiais com diferentes composições e propriedades: Descontinuidades.
Investigação de Angrija Mohorovicic
-> Detectou que a partir de 150km do foco o sísmico, as ondas P refractadas chegam primeiro que as ondas P directas.
-> As ondas P directas percorrem um trajecto (crusta terrestre) onde a velocidade destas é de cerca 5,6km/s
-> As ondas P refractadas percorrem um trajecto (manto superior) mais longo, mas a velocidade média é de 8km/s.
Descontinuidade de Mohorovicic
-> A uma profundidade de 35 a 40 km existe uma superfície de descontinuidade que separa a crusta do manto, formada por materiais de composição e propriedades físicas diferentes.
Descontinuidade de Gutenberg
-> Gutenberg desmostrouu que esta zona de sombra se deve a uma descontinuidade.
-> A analise comparada de séries de sismogramas de diferentes estações sismográficas permitiu a Gutenberg calcular a profundidade desta descontinuidade – 2.900km. Por este facto, a esta fronteira que assinala o início do núcleo.
-> Uma vez que a partir desta descontinuidade não há propagação das ondas S, podemos admitir que a zona mais externa do núcleo se encontra no estado líquido – o que também explica a diminuição da velocidade das ondas P (o material aqui é mais denso – Ferro e níquel – e menos rígido)
Descontinuidade de Lehmann
-> Lehmann verficou que algumas ondas P eram registadas na zona de sombra.
-> Esta anomalia deve-se à existência de um núcleo interno sólido, a uma profundidade de 5150km, até ao centro da Terra.
-> As ondas P reflectidas e refractadas nesta descontinuidade (núcleo ext-int) podem emergir na “zona de sombra sísmica”.
-> Zonas de baixa velocidade
-> Zonas entre os 100/200km de profundidade onde a velocidade das ondas S descresce abruptamente.
-> Não está nitidamente definida, pois não há superfícies de descontinuidades, e não se observa em todos os locais.
Camada D
- Zonas muito activas, ainda enigmática.
- Na transição entre o manto e o núcleo.
- Espessura variável – 100 a 200km.
- Através desta camada o núcleo transfere o seu calor para o manto.
- Fonte de plumas térmicas
- Algumas zonas são mais frias – placas litósfericas que mergulham pelas zonas de subducção.
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