O enquadramento tectónico dos sismos permite classificá-los em:
Sismos interplacas: ocorrem nas zonas de fronteira de placas, verificando-se uma maior ocorrência nas zonas de colisão.
Sismos intraplacas: ocorrem no interior das placas tectónicas, sendo, muitas vezes, consequência da existência de falhas activas.
Colisão entre uma placa oceânica e uma placa continental: a placa oceânica de Nazca, ao colidir com a placa continental Sul-americana, mergulha sob esta. É precisamente este arrastamento para o interior da geosfera que constitui o mecanismo gerador da maior parte dos sismos que ocorre no Chile, Peru, Equador, Colômbia, …
A actividade sísmica do Japão é provocada por um fenómeno semelhante; neste caso, é a Placa do Pacífico que mergulha sob a Euroasiática.
Colisão entre placas continentais: A Índia, de acordo com a Teoria da Tectónica da Placas, terá sido um continente independente que colidiu com a Ásia; deste choque, entre as placas Euroasiática e Indo-australiana, resultou a formação dos Himalaias. Ainda hoje estas placas se empurram mutuamente (1cm a 2cm por ano), originando tensões que explicam os sismos do Nepal, da China, do Afeganistão, …
Colisão entre placas oceânicas: quando duas placas oceânicas colidem, a mais densa mergulha sob a de menor densidade, desenvolvendo tensão capaz de desencadear violentos sismos. É o caso das ilhas Aleutas e do arquipélago Indonésio.
Afastamentos de placas oceânicas: a maior cadeia montanhosa da Terra encontra-se submersa. Os centros destas cadeias montanhosas encontram-se sob tensão, uma vez que nesta zona as placas oceânicas se separam.
10% dos sismos que afectam a Terra ocorrem neste alinhamento do fundo dos oceanos.
Afastamento de placas continentais: factos geológicos sugerem que, a placa que suporta o continente africano começou a dividir-se, divisa essa que (ainda) não se concluiu, mas da qual existem cicatrizes que constituem, actualmente, o Rifte Valley Africano, a actividade tectónica que caracteriza esta zona é a responsável pela sismicidade desta região.
Contacto com deslizamento entre duas placas: a falha de Sto.André, Califórnia, marca a fronteira entre a Placa Pacífico e a Norte-Americana, as placas deslizam entre si a uma velocidade de 3cm a 6cm por ano, originando uma forte tensão e , consequentemente, uma excessiva actividade sísmica na Califórnia e no Mexico.
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